Ontem eu o vi destroçado em meio ao sangue e aos vidros
mas seus olhos buscaram a vida em meu olhos,
e eu me assustei com o que ele me pediu.
Muito que pediu pude dar um pouco do que sabia sobre a vida
Segurei sua mão e disse que ficaria ali,
sentindo a dor de sentir a dor que não era minha.
Apertando minha mão com toda força,
precebi sua vontade de viver. Eu quase chorei...
(chorei agora que lembrei)
Quanto aos sábios, olhavam-no com a morte nos olhos,
enquanto proverbiavam estruturas biológicas,
com certo cinismo intelectual e com a frieza
que assombraria até o pior de todos os mortais.
Percebi o quanto somos bons e maus.
Melhores que somos de todos os animais,
conseguimos ser muito piores.
Somos animais ou menos assim.
E a participação do Brasil acabou...
Há 14 anos
2 comentários:
Artur! Sempre tão sábio ao utilizar as palavras... Lendo fiquei imaginando a cena e também a dor q vc brilahntemente descreveu!
Parabéns por esta sensibilidade imensa!
Beijos
Obrigado pelas palavras e incentivo Bri!
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