domingo, 28 de setembro de 2008

A felicidade que me encontre! (Doce ilusão)

Espero gélido, pálido e inócuo o que me espera,
A espera que se faz gélida, pálida e inócua.
Porque sei que se espero por ela, ela me encontra.

Não faço nada, não mudo nada, não penso em nada,
porque o que eu quero independente do que aconteça
é que a felicidade me encontre
aqui na 1950 esquina com a terceira avenida,
mas venha rápido porque já estou morrendo de frio.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Construi os meus próprios castelos... Mas destruí todos.


Idealizei o outro à imagem do que eu queria,
criei expectativas, fiz planos e tive sonhos,
mas quando olhei mais atentamente:
não foi este o castelo que construí!

O mesmo olhar que idealizava, destruía.
Parei um pouco, pensei um pouco e percebi:
Fui eu que construí e destruí meus próprios castelos,
Pois frágeis e vulneráveis como eu,
Não puderam suportar
as ondas constantes do meu próprio olhar.


domingo, 21 de setembro de 2008

Meu olhar persiste em me encontrar onde não estou...

Não estou no copo do líquido inebriante,
Não estou nos olhos do que desejo,
Não estou nos livros, nas canções, nas artes,
São sempre partes de mim, mas nunca o todo...

Devoro com intensidade, destruo raivoso, absorvo interessado, contenho-me calmamente... Passa um tempo e mais uma vez desloco o meu desejo onde não estarei.
É quando percebo que aquilo que desejo me cega.

Como posso enchergar-me se a cada dia que vivo
percebo-me fugitivo de minha própria angústia?
Talvez porque através de minha própria angústia,
descubra como posso ser livre a cada dia que vivo.