domingo, 21 de setembro de 2008

Meu olhar persiste em me encontrar onde não estou...

Não estou no copo do líquido inebriante,
Não estou nos olhos do que desejo,
Não estou nos livros, nas canções, nas artes,
São sempre partes de mim, mas nunca o todo...

Devoro com intensidade, destruo raivoso, absorvo interessado, contenho-me calmamente... Passa um tempo e mais uma vez desloco o meu desejo onde não estarei.
É quando percebo que aquilo que desejo me cega.

Como posso enchergar-me se a cada dia que vivo
percebo-me fugitivo de minha própria angústia?
Talvez porque através de minha própria angústia,
descubra como posso ser livre a cada dia que vivo.

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