Somos entusiastas de uma sociedade de hiperativos,
Chamamos os intolerantes à frustração de indivíduos com personalidade forte,
Trocamos a angústia nossa de cada dia pelo pão nosso das compulsões,
Despejamos nossa raiva só porque não compreendemos a nossa culpa,
Fugimos do nosso medo porque tememos perder o que tanto queremos,
Não aceitamos as perdas mesmo que elas sejam nossa maior presença,
Corremos da verdade sobre nós mesmos por covardia,
Racionalizamos explicações sobre o desconhecido porque não aceitamos a incerteza,
Negamos constantemente a morte vivendo a imortalidade estética,
Juntamos todas estas mazelas e embrulhamos numa caixa de presentes.
E a participação do Brasil acabou...
Há 14 anos
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